O AUXÍLIO DA PSIDIUM GUAJAVA L (GOIABEIRA) E DA EUGENIA UNIFLORA L (PITANGA) NO TRATAMENTO DE LESÕES VASCULARES E NEUROPÁTICAS

INTRODUÇÃO
A fitoterapia é tão antiga quanto à história da humanidade, tendo surgido independentemente em grande parte dos povos, participando da evolução humana e sendo o primeiro recurso terapêutico utilizado. Existem relatos desde nossos ancestrais sobre o uso de plantas para fins medicinais, sendo que um dos fatores que contribuíram para o uso dessas plantas pelo homem foi à observação dos animais que por instinto utilizavam as plantas para o alivio de seus desconfortos. As plantas medicinais são consideradas todas as espécies vegetais além de propriedades químicas, com propósito terapêutico com apresentação “in natura” frescas ou secas (OLIVEIRA, 2014). Tais práticas se perpetuam até hoje resultando em um acúmulo de conhecimento passado por meio de gerações, abarcando também práticas mágicas, místicas e religiosas, uma historia de uso tradicional, como agente terapêutico, com a finalidade de promover a qualidade de vida.A utilização de medicamentos fitoterápicos, com princípios de serem utilizados com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnósticos passou a ser oficialmente reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 1978, sendo recomendado a sua difusão em nível mundial do conhecimento necessário para o seu uso (SILVA et al, 2014).Um dos objetivos deste programa é a ampliação das opções terapêuticas e o melhoramento da atenção a saúde básica dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), sem que se deixe de valorizar e compreender os conhecimentos das comunidades tradicionais (SILVA et al, 2014). Desde o ano de 1988 existe a regulamentação sobre a utilização de medicamentos fitoterápicos, mesmo assim seu consumo no país é considerado baixo tendo um crescimento notável nos últimos anos. Um dos grandes fatores e a aceitação da população que muitas das vezes desacredita nos medicamentos fitoterápicos, para que sejam utilizados em diversos tipos de doenças e por outro lado, os profissionais da saúde em grande parte não fazem recomendações de medicamentos fitoterápicos aos seus pacientes (SILVA et al, 2014). As feridas, principalmente as úlceras vasculares, são um grande desafio para o SUS, visto que são de difícil cicatrização e causa de dor e desconforto ao paciente, além do alto custo para o sistema de saúde. Diante do exposto analisou-se as propriedades medicinais das folhas da goiabeira (Psidium guajava L) e da pitangueira (Eugenia uniflora L.), pois são plantas que se encontram na farmacopéia brasileira e que possuem um potencial antimicrobiano, anti-inflamatório e cicatrizante, com isso viabilizando uma melhor qualidade de vida aos pacientes. De acordo com Wadt, et al, (2017), as feridas após a aplicação do chá com folhas de goiaba e pitanga tiveram uma melhora acentuada, principalmente quando avaliada a diminuição das secreções, dor e odor. A reepitelização da ferida foi mais rápida tendo em alguns casos o fechamento da mesma, visto que os taninos contidos nestas plantas precipitam com as proteínas formando uma camada de proteção, além da atividade antimicrobiana. Com este estudo, objetiva-se mostrar o uso eficaz das plantas medicinais goiabeira e pintangueira no auxílio ao tratamento de lesões vasculares e neuropáticas viabilizando a redução do custo e o tempo de tratamento, propiciando assim a melhoria do conforto aos pacientes.

AUTORES
Ellen Zimmermann Fattori
Natália Marques Barbosa Dias
Rafaela Santos de Oliveira
Vivian Aparecida Pinto Soares

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